"Família de origem castelhana que provém dos Palomaques. Gomes Peres Palomeque, que se supõe pertencer à linhagem dos Carrilhos, foi pai de Diego Gomes Palomeque, casado com D. Teresa de Toledo. Este foi adiantado de Carçola no ano de 1299 e primeiro senhor de vila de Garcies e da torre de S. Tomé, no termo de Jaen, e alcaide-mor da vila e castelo de Quesada, junto de Baeça, no bispado de Córdova, cuja torre comprou para nela fazer fortaleza que defendesse os Cristãos dos Mouros que os perseguiam naquela região. Pedro Dias Carrilho casou com D. Teresa Rodrigues de Biedma, filha de Rodrigo Iñigues de Biedma e de D. Joana Dias de Tunes, da qual teve Diego Sanches de Quesada, 2º senhor da vila de Garcies e da Torre de S. Tomé, pelos tempos de D. Afonso XI de Castela e de seu filho, D. Pedro, o Cruel, a quem seguiu, passando a Portugal, quando se fizeram as pazes. Dele foi filho, entre outros, Ponce Dias de Quesada, morto no concelho de Aguiar com mais fidalgos por D. Pedro, o Cruel, Rei de Castela no ano de 1353, motivo por que seus filhos saíram de Castela, vindo para Portugal Lopo Dias de Quesada, que neste Reino foi agasalhado com honra. Estabeleceu-se no Porto e do seu matrimónio teve Martim Dias de Quesada, que viveu na mesma cidade, onde foi cidadão. Deste nasceu João Casado, também cidadão do Porto, onde morou nos reinados de D. Duarte e de D. Afonso V. Passou a Viana do Castelo e aí recebeu com D. Maria Gomes Madriz, filha de D. Gomes Madriz, comendatário de S. Romão de Neiva. Foram estes os troncos dos Casados, corrupção de apelido e origem.
As armas dos Casados são as mesmas dos Quesadas, a saber; De vermelho, com quatro palas carregadas, cada uma, de seis pontos de arminho, de negro."
In: Armorial Lusitano, Afonso Eduardo Martins Zúquete
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