"Provêm os Almeidas de Fernão Canelas, senhor das quintas do Pinheiro e de Canelas, na freguesia de Mangualde, pai de João Fernandes de Almeida, que pelos anos de 1223 a 1245 fundou no julgado de Azurara da Beira, hoje concelho de Mangualde, uma aldeia, denominada Almeida, em 1258, da qual tomou o apelido, que transmitiu aos seus descendentes.
João Fernandes de Almeida foi também senhor das quintas do Pinheiro e de Canelas. A aldeia de Almeida no século XVII passou a chamar-se Almeidinha, lugar que deu nome ao título de Barão e Visconde, concedido aos Amarais Osórios.
Foi a dos Almeidas uma das mais preclaras famílias do Reino, deixando imorredoura memória nos feitos do Vice-Rei da Índia D. Francisco de Almeida, na bravura do alferes-mor Duarte de Almeida, na batalha de Toro, na inteligência da Marquesa de Alorna e nas incontáveis acções com que tantos ilustraram a História de Portugal, no Continente e na Índia.
João Rodrigues de Sá, senhor de Matosinhos, cantou os Almeidas nestes versos:
Nos douro seys arrivelas
em seus escudos pintados
do sangue honrrados perlados
sempre vimos dentro delas,
& outros leygos destacados;
Dalmeyda, que jaa fez cumes,
deu, & ajuda daa lumes
destado, & de senhorio
Abrantes, Crato, & quem Dio
vyo desbaralar os rumes.
Trazem por armas: De vermelho, com dobre-cruz acompanhada de seus besantes, tudo de ouro; e bordadura da mesma. (...)"
In: Armorial Lusitano, Afonso Eduardo Martins Zúquete
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