"Este apelido parece ser o mesmo que Góis, provindo de Nuno Martins de Góios e de sua mulher, Branca Lourenço do Avelar. Nuno Martins de Góios era filho de Martim Vasques de Góis, senhor de Góis, vassalo de D. Pedro I de Portugal, que andou com o Rei D. Pedro de Castela nas lutas que este teve com o Rei de Aragão, e de sua mulher D, Violante de Melo, filha de Martim Afonso de Melo e de D. Maria Vasques de Resende. Do matrimónio referido teve Nuno Martins de Góis geração.
Ao poeta quinhentista João Rodrigues de Sá se devem os seguintes versos dedicados aos Góios:
Sobre prata douro fyno
com as barras dAragão,
arminhos tão bem estão.
E mais hum castelo em pino,
armas de dom Anyão.
De dom Anyão dEstrada,
a quem primeiro foy dada
a vila de Goes derdade
deixou della nomeada.
As armas dos Góios são: De prata, com três mosquetas de negro; chefe partido de vermelho, com um castelo de ouro (Castela), e de ouro, com quatro palas de vermelho (Aragão). Timbre: o castelo do escudo, tendo à esquerda um estandarte de arminhos, a haste movente, em faixa, das ameias da torre do meio."
In: Armorial Lusitano, Afonso Eduardo Martins Zúquete
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