"Há em Portugal, pelo menos, duas linhagens de Campos: uma portuguesa e outra espanhola (v. Campo). Dos Campos portugueses o mais antigo que se conhece é Martim de Campos, que vivia em Entre Douro e Minho no tempo de D. Afonso III e foi senhor do casal de Cortinal Grande e de mais bens na freguesia de Sant'Iago de Atães, termo da vila do Prado, comarca de Viana do Castelo, como se verifica nas Inquirições que o mesmo Príncipe mandou fazer. Deste Martim de Campos ficou a geração do seu apelido.
O bispo de Malaca, D. João Ribeiro Gaio, escreveu dos Campos, a quem atribuía por ascendente o Conde D. Ramiro de Campos, um dos maiores, se não o maior, dos senhores de Espanha no seu tempo, a seguinte quintilha:
Deste Ramiro afamado
de Campos conde e senhor
vem os Campos, cujo honor
lhe deu brazão sublimado
digno de todo o louvor.
D. Afonso V, por carta de 11-V-1465, concedeu a Gonçalo Vaz de Campos, escudeiro e criado do prior da Ordem de S. João, D. Frei Vasco de Ataíde, e alcaide da Vila de Crato pelo mesmo prior, por serviços que o mesmo Gonçalo Vaz prestara na tomada de Alcácer, em África, armas de mercê nova, assim como seguem: De azul, com três cabeças de leão, cortadas, ensanguentadas e lampassadas de vermelho. (...)"
In: Armorial Lusitano, Afonso Eduardo Martins Zúquete
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