"O mais antigo que se conhece deste apelido é Álvaro Anes da Gama, cavaleiro honrado que, no tempo de D. Afonso III viveu em Olivença. Serviu na conquista do Algarve e foi pai de João Álvares da Gama, contemporâneo de D. Dinis e D. Afonso IV, com o qual, já idoso, se encontrou na batalha do Salado. Casou com Guimoar Cogominho de quem teve Álvaro Anes da Gama, que alcançou o reinado de D. Fernando I, e de sua mulher, Maria Esteves Barreto, houve a Estêvão Vaz da Gama. É neste que os genealogistas costumam principiar os Gamas. Foi casado com Catarina Mendes, que enviuvando aos treze anos viveu com grande virtude e honestidade. Esta senhora fundou a ermida de Nª Srª da Graça, em Elvas, onde morreu seu marido, num monte fora dos muros da praça, contíguo à cidade. Deixou um filho, por nome Vasco da Gama, de quem proveio larga e ilustre geração, entre a qual se encontra o almirante D. Vasco da Gama, seu neto.
João Rodrigues de Sá, nas suas trovas, diz com respeito a D. Vasco da Gama:
A quem lhachou novo mundo
nova terra, & novo clyma
deu el rey em grandestima
sobre os da Gama en fundo
as suas armas en çima.
E em quanto dura a fama
que a India de si derrama
sempre hyra em nome diante
do seu primeyro almyrante,
estee Dom Vasquo da Gama.
O bispo de Malaca, D. João Ribeiro Gaio, igualmente cantou o almirante nas suas quintilhas, escrevendo:
Venceu primeiro com fama
as partes orientaes
e descobriu outras tais
o grão D. Vasco da Gama
que trás as quinas reais.
As armas dos Gamas são: Xedrezado de ouro e de vermelho, de três peças em faixa e cinco em pala, as de vermelho carregadas de dois filetes de prata postas em faixa. (...)
A D. Vasco da Gama concedeu D. Manuel I, talvez com o ofício de almirante e o tratamento de dom, em 1500, o acrescentamento nas suas armas, pela forma seguinte: Xedrezado de ouro e de vermelho, de três peças em faixa e cinco em pala, as de vermelho carregadas de dois filetes de prata postas em faixa; e um escudete de prata com cinco escudetes de azul postos em cruz e carregado de cinco besantes de ouro, brocante, ao centro sobre a segunda tira e parte da terceira. (...)"
In: Armorial Lusitano, Afonso Eduardo Martins Zúquete
D.Marcio Luís da Gama Cavalheiro, está continuando as conquistas, o estado do Pará tem a honra de estar em seus projetos.
ResponderEliminarAs Armas dos Gamas e a cruz dos templários.