"Entre as mais antigas e nobres famílias de Portugal encontra-se a dos Barretos, pois descende de D. Arnaldo de Bairão, pai de D. Guido Araldes, avô de D. Soeiro Guedes, bisavô de D. Nuno Sorares, trisavô de D. Soreiro Nunes, 4.º avô de Nuno Soares, que casou com Maira Pires Perna, filha de D. Pedro Pais Escacha.
De Nuno Soares e da sua mulher, Maior Pires Perna, nasceu Men Nunes Velho, sepultado no mosteiro de Carvoeiro, junto da barra de Viana do Castelo, o qual o seu casamento teve filhos que tomaram o apelido de Barreto, parece que derivado de terem o solar junto da referida barra. Gomes Mendes Barreto, filho sobredito Nem Nunes Vilho, possui, por sua mãe, parte do padroado da igreja de Valadarez, em Baião, uns casais de honra de Gestaçô, parte do padroado da vila de Marim, e uma herdade na mesma freguesia. Viveu em tempo dos Reis D. Afonso II e D. Sancho II e recebeu-se com D. Constaça Pais, filha de D. Paio Gomes Gravel e de D. Sanchas Pais, de cujo matrimónio houve geração continuadora do apelido.
O Bispo de Malaca, D. João Ribeiro Gaio, nas suas trovas dedicou aos Barretos a seguinte:
O de Bretanha senhor
mandou contra os Mahometos
seu filho de grão valor
à Hespanha, e dos Barretos
foi este progenitor.
Também o insigne linhagista Manuel de Sousa da Silva não se esqueceu deles, contando-os nesta quintilha:
Na barra do claro Lima
Dos Barretos o Solar
Esteve junto do mar
Que deitando areia em mim
O veio a sepultar.
Trazem por armas: De aminhos, pleno. (...)"
In: Armorial Lusitano, Afonso Eduardo Martins Zúquete
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